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Envelhecimento em casa
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Envelhecimento em casa

A Organização Mundial de Saúde define envelhecimento em casa - também conhecido como aging in place… - como a “capacidade individual de continuar a viver em casa e na comunidade à medida que se envelhece, com segurança e de forma independente”. O termo place(traduzido como casa) não remete apenas à habitação da pessoa… mas também à sua comunidade envolvente, composta pelo ambiente físico(serviços locais disponíveis) assim como pelo ambiente social(família, amigos, vizinhos). 

Presentemente, e face ao rápido e impactante envelhecimento populacional - previsões apontam para 1/3 população europeia com mais de 60 anos em 2050 - o envelhecimento em casa é o modelo de intervenção social privilegiado, promovendo a inclusão social e a não institucionalização ao contribuir para a manutenção da identidade individual e de um sentido para a vida, da preservação de sentimentos de segurança e de familiaridade e da continuação de relações sociais.

A operacionalização deste modelo pressupõe a mobilização de um ecossistema de recursos - englobando profissionais, serviços, produtos, inovação e informação - necessários para atender os múltiplos desafios individuais e coletivos associados ao envelhecimento/ longevidade, agilizando desta forma a permanência da pessoa em casa.

Estas “soluções do cuidado” são holísticas, envolvendo dimensões do cuidado tais como o acesso a cuidadores de proximidade, o apoio domiciliário, a capacitação do cuidador informal, a telesaúde e as gerotecnologias, a segurança, a mobilidade, a adaptabilidade habitacional, a gestão fragilidades/riscos e condições médicas, a gestão da dor crónica, a estimulação cognitiva, a saúde mental, as relações sociais, a aprendizagem ao longo da vida, a saúde e bem-estar… 

Este conjunto de recursos já existe… apresentando-se presentemente demasiado fragmentado e disperso, sendo necessário consolidá-lo - apresentar, validar e contextualizar “soluções de cuidado” nas diferentes jornadas de cuidado - simplificando o acesso a indivíduos, famílias e cuidadores informais, agilizando doravante decisões informadas/esclarecidas e possibilitando a construção de respostas customizadas/personalizadas a cada indivíduo.

A longevidade pode e deve ser pensada e refletida não só pelo próprio indivíduo, mas também no seio familiar - consciencializando, antecipando e planeando em conjunto necessidades e preferências - de forma a contribuir para experiências de envelhecimento bem-sucedidas.
 

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