Digitalização na Saúde

Vivemos a era da digitalização.Já não é uma tendência, é sim um sinal dos tempos, da evolução…
O seu impacto é evidente em todos os sectores da economia… e a Saúde não é exceção.

É indiscutível como a transformação digital na Saúde está a redefinir a prestação de cuidados, a eficiência operacional, o suporte à decisão clínica…. como está a transfigurar a experiência do paciente, nas mais variadas jornadas de saúde/cuidado!

Uma experiência mais e mais focada nas suas necessidades, preferências e valores, no respeito pela individualidade… valorizando mais e mais a sua autonomia, participação, responsabilização… alavancando mais e mais o seu poder de decisão… enfim, uma experiência mais e mais centrada na pessoa, mais personalizada.

Esta promoção do envolvimento do paciente é demais evidente em formas mais fluídas de orientação/navegabilidade no sistema, em acessos facilitados a informação, em consumos simplificados de recursos… no emergir de modelos de cuidado não mais reativos, mas doravante essencialmente proactivos, contínuos e integrados…  inspiradores da adoção de comportamentos/hábitos/estilos de vida saudáveis, da eficiente gestão de doenças/fragilidades/riscos e do envelhecimento em casa(em detrimento da institucionalização precoce). Só assim podemos ambicionar mais ganhos em saúde, mais valor social, mas principalmente… controlar os custos - exponenciais - na saúde. 

Nos últimos anos são várias as soluções digitais que “invadiram” as nossas vidas, satisfazendo tarefas do dia a dia de uma forma inovadora e disruptiva… bastando para isso consultar um qualquer telemóvel e os seus aplicativos instalados. Mobilidade, exercício, refeições, redes sociais, notícias, comunicação, música, armazenamento de dados, jogos, artesanato, venda de usados, streaming, recrutamento, formação, finanças, retalho… são inúmeras as plataformas e marketplaces, sem as quais já não conseguimos viver! 

Mas o sector da saúde ainda está aquém… 

Urge então criar algo - intuitivo e funcional, conveniente e útil - colocando a digitalização não só ao serviço dos sistemas de saúde, mas também da economia, e fundamentalmente de quem dela mais precisa… as pessoas, os seus principais beneficiários!

Face a uma sociedade mais envelhecida, que terá de ombrear com uma procura crescente de cuidados de proximidade, terão de ser equacionadas soluções de cuidado direcionadas ao segmento etário sénior… sendo que a utilização do digital aliado a modelos de inteligência artificial podem e devem constituir o game changer diferenciador e necessário no domínio da saúde… transversal a todos os níveis do ciclo de cuidados, consolidando todo um ecossistema de recursos multidimensionais até a data demasiado fragmentado e disperso… reinventando não só a experiência específica de jornadas de saúde/cuidado, como de toda a experiência do próprio envelhecimento - aging experience. 

Estejamos à altura do desafio!